“As bombas são lá fora, não aqui dentro, vamos votar”. Essas foram as palavras do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD), no dia 29 de abril de 2015 quando os deputados aprovaram mudanças na previdência dos servidores públicos. Dez anos depois, ao se despedir do cargo, ele afirma que “foi uma decisão acertada, um caso de sucesso”. A declaração foi dada durante a posse da nova mesa diretora da Alep.
Ao fazer balanço de sua gestão à frente da Alep, o deputado, que agora assumiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), disse que foi acertada a sua atitude no “29 de abril”. Segundo ele, a Alep foi invadida e ocupada três vezes. E ele, sem pensar em política ou em futuro eleitoral, tomou a decisão de evacuar e seguir com a votação, independente do conflito que acontecia.
Para ele, as ações foram necessárias e o resultado é o equilíbrio das contas do estado. “Era uma questão que se arrastava há anos e era preciso agir uma opção dura e duradoura. A Assembleia exerceu seu papel, assumiu sua responsabilidade e aprovou uma proposta que dá vida longa a Paraná Previdência”.
Traiano ainda defendeu as privatizações da Copel e da Compagas. "Foram projetos de grande vulto que puderam ser permitidos por conta da privatização", disse Traiano, complementando com a concessão das rodovias.