Esta semana tivemos a posse do novo presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump. No Brasil olhamos atentos o significado para o hemisfério sul dessa nova gestão do partido Republicano. A cena mais icônica da posse precisa ser lida com profundidade pois ela caracteriza concretamente o que vai ser este novo governo.
Sentados na primeira fila da posse estavam os maiores bilionários do mundo, que comandam as maiores companhias de tecnologias, Meta, Google, X, Amazon, OpenAI e Apple. Sendo o maior representante desse empresariado, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, que fará parte do governo. Musk doou 277 milhões de dólares para financiar a campanha de Trump.
Esses grandes conglomerados são responsáveis por grande parte da produção da nova tecnologia do mundo e por controlar as maiores redes sociais, as mesmas que foram importantes para eleição de Trump. Eles são capazes de juntos produzir uma nova realidade abstrata que legitime qualquer tipo de intervenção e projeto totalitário, em qualquer país.
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Com esse posicionamento, Elon Musk está perto de se tornar o primeiro trilionário do mundo. As ações das suas empresas sofreram uma grande valorização desde a eleição do novo presidente.
Os interesses privados entranharam-se de tal modo no interior do poder do império norte-americano, que começa a capturar os instrumentos de exercício desse poder, perdendo-se a perspectiva do interesse público.
Bilionários se aliam ao atraso
O Estado norte-americano, que sempre cuidou de proteger os bens privados da burguesia, se torna, cada vez mais, um balcão de negócios. Ou seja, opera sob a lógica capitalista do rentismo e os interesses dos grandes bilionários, para produzir uma nova realidade, onde fortunas são erguidas por meio da destruição de democracias.
Precisamos recuperar o controle das nossas emoções
Os bilionários estão no centro do comando da política do maior império internacional e vão usar todas as suas armas para desregulamentar e destruir qualquer estado nação que não se ajoelhar aos seus comandos. Vestidos de “liberdade de expressão” querem transformar o mundo num grande negócio em que seus lucros estão acima de todos. Se aliando a extremistas no mundo todo para garantir a sua política conservadora.
No Brasil não é diferente. A extrema direita bolsonarista tem usado as redes sociais para divulgar mentiras, manipular sentimentos e vender a falsa ideia de que vivemos numa ditadura e que a liberdade de expressão está ameaçada.
Precisamos recuperar o controle das nossas emoções e não nos deixar manipular pelos algoritmos das redes sociais que busca controlar as nossas emoções para fazer delas um grande negócio.
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