A cultura da extrema direita se alastrou com mais força na nossa sociedade no último período. Apesar da última vitória presidencial de uma frente progressista, passamos anos com o obscurantismo instalado no governo, o que deixa marcas profundas nas relações sociais.
Foram anos convivendo com elogios a torturadores, relativização da barbárie da ditadura, propagação de machismo e racismo, negação da ciência.
Em meio a esse cenário, assistimos, assustados, ao avanço da violência nas escolas, com ataques premeditados, muitas vezes influenciados por ideias supremacistas e misóginas. E também convivemos com o desprezo por trabalhadoras da educação e pelos espaços de aprendizagem.
A sociedade brasileira precisa começar a ligar os pontos: o avanço da extrema direita, a absurda reforma do ensino médio e os casos da Vila Sônia (SP), Londrina (PR), Belém (PA) e, agora, Blumenau (SC) têm relação. Em Curitiba, os vereadores estão quase aprovando um título de cidadão honorário a Olavo de Carvalho, o falecido ideólogo do bolsonarismo.
Hoje, o Brasil vive um novo patamar de enfrentamentos políticos, que inclui a educação. É preciso destruir o ovo da serpente fascista e o caminho para isso é o fortalecimento da estrutura e política educacional do país.